quinta-feira, 24 de junho de 2010

CINEJORNALISMO: A montanha dos sete abutres.

Um ótimo filme sobre jornalismo, Penny press, ética, moral e muito mais.

Recentemente, em uma de minhas aulas na faculdade de Jornalismo, estudei sobre um tipo de Jornalismo chamado “Penny Press”. Aí lembrei-me de um filme clássico do cinema americano, A montanha dos sete abutres (Ace in the hole, 1951), que um dia cheguei a assistir à convite de uma amiga estudante de jornalismo Nyvian. A história do filme é relativamente simples e quase vale por um curso de Jornalismo, acompanhe com atenção o relato sobre esse clássico que com certeza é um filme essencial para todos aqueles que se aventuram no terreno a cada dia mais concorrido e disputado do jornalismo.

Um jornalista desempregado, Charles Tatum (interpretado por Kirk Douglas, o pai de Michael Douglas), busca refúgio em pequeno jornal da província, em Albuquerque, no estado do Novo México. Após longo e tedioso ano ele finalmente encontra uma matéria que pode levá-lo de volta ao grande circuito: um homem preso em velhas ruínas indígenas, justamente na Montanha dos Sete Abutres que dá o título do filme em português – até mais adequado que o título original.
O drama humano, as circunstâncias reais ou inventadas pelo repórter para a trama e a abordagem sensacionalista logo chamam a atenção do público. Aos poucos o repórter envolve tudo no enredo da sua história, manipula o xerife para ter acesso exclusivo às ruínas, controla a mulher da vítima para que ela a contragosto desempenhe um papel teatral como semiviúva. Por fim, ele obriga o empreiteiro responsável pelo salvamento a adotar um método de resgate que demoraria uma semana, em vez de outro que libertaria a vítima em menos de 24 horas, pois precisa prolongar o espetáculo ao máximo. Quando estão próximos de serem salvos, o soterrado da caverna e o repórter do ostracismo provinciano, a vítima morre de pneumonia e acaba por provocar um surto de remorso no jornalismo.

Mas não só o enredo principal permite uma reflexão profunda sobre o jornalismo: a todo momento o protagonista dita suas máximas e conselhos sobre o ele considera notícia. Apesar de quase caricaturais, já que ele enuncia coisas que nem sempre são ditas, as reflexões dele revelam toda a ideologia da "penny press" americana. Num dos trechos mais elucidativos da ideologia da "penny press", quando Tatum discute durante uma viagem com o novato Herbie Cook o que é jornalismo e o que é notícia, o protagonista diz que os anos de faculdade de Cook foram inúteis, muito mais útil teria sido a experiência de Tatum como vendedor de jornais pelas esquinas de Nova Iorque. Desta experiência ele aprendeu o que é notícia – entendida como sendo aquilo que interessa ao público, que vende jornal.
A morte de centenas ou milhares de pessoas, prega Tatum, não tem o mesmo interesse que a morte de uma única pessoa. Neste evangelho do penny press a morte de milhares é apenas um número, enquanto a morte de uma única pessoa tem "interesse humano", faz com que as pessoas "tenham interesse em saber tudo sobre ele".

A necessidade da notícia de impacto – que vende – independe da verdade, tanto que o quadro com a frase "Diga a verdade" na redação do jornal de Albuquerque é constantemente ironizada por Tatum e, pressionado por temores de consciência, é com ela que ele tenta se reconciliar no final do filme. A "construção da notícia" também é enfocada por Tatum durante a viagem já mencionada. Ele e Herbie vão cobrir um festival de "caça a cascavel" e Tatum menospreza o evento, a despeito das centenas de serpentes. "Não preciso de centenas de cascavéis, dêem-me apenas umas 50 no Centro de Albuquerque", diz ele. O pânico causado pelas cascavéis caçadas pelas ruas da cidade seria amplificado quando uma única cobra ainda restasse, e este último réptil estaria guardado na gaveta de Tatum, escondida para que a história prosseguisse.
O desfecho da história se torna um tanto óbvio para quem percebe que o jornalista descarta a necessidade da veracidade para a notícia. Tatum debocha do quadro escrito “diga a verdade”, posto na redação do jornal. Aproveitando a ambição pessoal da mulher de Minosa e do Xerife, Tatum consegue corromper a todos, incluindo também o fotógrafo, que acaba ignorando seus princípios perante a idéia de sucesso de Tatum.O filme, apesar de ter sido produzido na década de 50, mostra um pouco das trapaças e falcatruas que naqueles tempos eram absurdos e chocantes (basta notar a reação do editor do jornal quando Tatum faz seus comentários) e que hoje nada mais são do que normais, naturais e até mesmo aceitáveis. A Montanha dos Sete Abutres é retrato do que era e ainda é o meio jornalístico (ainda com mais densidade que antigamente), o que o torna, por si só, atual.

Quase não há inocentes na história brilhantemente dirigida por Billy Wilder, mesmo assim, apesar de ser considerado um clássico do cinema americano, sofreu algumas dificuldades quando lançado, o que já devia ser esperado. Afinal, ele não poderia ser bem aceito pela imprensa marrom que se sentiu atacada, e nem pelo público que se viu caricaturado.
Como é um filme antigo, talvez seja difícil você encontrar, mais com certeza vale a pena você conferir, principalmente se você for estudante de jornalismo e/ou áreas afins. E só para esclarecer, Penny Press é um modelo jornalístico onde jornais lucram levando as notícias e informações com preços mais acessiveis, em meu estado temos dois exemplos disso: o Manaus Hoje e o Dez Minutos. Certamente em seu estado deve haver algum exempo também, só não vá confundir com Tablóide que é diferente ok.

Essa é minha turma da faculdade com os ovos na mão!
CJN-O1S1 : nem melhor nem pior, apenas... diferentes!!
obs: a seta indica o meu lugar hehehe
Pra terminar, gostaria de agradecer o post de hoje a minha grande amiga Nyvian Barbosa, por ter me incentivado na carreira jornalística, a minha ex-professora Grace Soares por todos os ensinamentos passados (que tenha muito sucesso em sua nova empreitada) e a todos os meus caros amigos da turma CJN-01S1 da faculdade de Jornalismo, um grande abraço a todos eles e a vocês meus queridos leitores.
Fui...mas eu volto!!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A Poesia e o Selo.

A POESIA

Acho que poucos sabem ou se lembram que no último dia 10 de junho foi o dia da Língua Portuguesa. Então, nada melhor do que homenagear esse dia com uma poesia à Machado de Assis, um dos maiores escritores da nossa literatura e o membro fundador da acadêmia brasileira de letras. Acompanhem esse poema feito em homenagem ao seu centenário:

O Brasil inteiro em pé aplaude,
O seu ilustre e maior achado,
Festeja com amor e Carinho,
O centenário de Machado.

Escritor, poeta, homem genial,
Monstro da literatura.
Por suas grandes obras,
Que o tornaram imortal.

Cronista crítico,
Mas, sem perder o humor,
Por isso em suas obras,
Foram feitas com amor.

"MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS",
"DOM CASMURRO, QUINCAS BORBA"
E vários livros de contos da sua lista como
"PAPÉIS AVULSOS", onde se encontra "O ALIENISTA".

O Brasil em coro diz:
És o pai do realismo brasileiro,
Oh saudoso, Machado de Assis.
Contribuição: Poeta Franciso Josiel

O SELO

E já que estamos falando de homenagem, gostaria de comunicar que no inicio do mês, o blog do Pena recebeu o Selo Sunshine Awards de Fabiano do blog: http://blog-do-faibis.blogspot.com/ como um blog de discussões, denúncias e de troca de experiências. Gostaria de agradecer a indicação e dizer que sinceramente fico lisonjeado pela escolha. Este não é o primeiro prêmio que recebo. Há alguns dias recebi o Prêmio Dardos como um dos 10 melhores novos blogs da web. Agradeço a sua lembrança amigo Fabiano e aproveito para indicar outros blogs de qualidade que merecem ser seguidos.

Vamos as regras para aceitar o prêmio:
- Colocar o logo no seu blog ou no seu post;
- Passar o prêmio para outros 6 bloggers;
- Incluir o link dos indicados no post;
- Informar os indicados sobre o prêmio, deixando comentários em seus blogs;
- E, finalmente, compartilhar o link com as pessoas de quem você recebeu esse prêmio.

Portanto aceito o selo e indico os seguintes blogs em ordem alfabética (todos de blogueiras nota 10)
1 - http://blog-da-belka.blogspot.com/
2 - http://coracaoonline.blogspot.com/
3 – http://cafequenteesherlock.blogspot.com

Um grande abraço pessoal, obrigado por mais um prêmio e saibam que o radar está ligado observando tudo que está ao redor pois, o Pena não tem pena!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

UM AVISO DAS SEGURADORAS

MUITO IMPORTANTE PARA QUEM ANDA NO MEIO DE MOTOS INFERNAIS... OU MELHOR, PARA QUEM AS VÊ ANDANDO NO MEIO DE NÓS...
É claro que nem todo motoqueiro é abusado, mais quando recebi esse email, resolvi compartilhar com vocês essas informações. LEIAM COM ATENÇÃO e depois deixe sua opinião a respeito! Sem mais delongas, leiam o relato abaixo, de um sinistro ocorrido com um dos segurados de uma determinada seguradora:

No mês de abril, o carro do meu filho foi abalroado na TRASEIRA, num farol fechado, por uma motoqueira com outra na garupa. A moto caiu e a garupa ficou com a perna embaixo da moto.
Meu filho filmou a placa da moto e obteve telefone com a garupa. Telefone inexistente.
Um funcionário da CET, que estava próximo, acionou o resgate e a motoqueira mandou cancelar.
Como ela não quis ser socorrida, o guarda pediu para que saíssem do local, sem antes orientar meu filho de que seria interessante registrar um BO. Foi o que fizemos na mesma tarde.
Um mês depois, recebi telefonema "em casa" da dita cuja, querendo fazer um acordo, dizendo que o conserto da moto estava por volta de R$ 800,00 e que a garupa machucou muito a perna, estando 20 dias sem poder trabalhar.
Por ela não ter aceito o atendimento do resgate, disse que não teria acordo nenhum.
Mais um mês se passou (junho) e recebi uma intimação policial, na minha casa, para me apresentar no distrito das Perdizes para prestar depoimento, por "OMISSÃO DE SOCORRO".
Chegando lá, soubemos que havia sido registrado um BO e elas tinham passado, 4 dias depois, no IML para fazer exame de corpo de delito.
Fizemos os depoimentos, meu filho como condutor, eu como proprietário do veículo, o carro passou por perícia policial e o caso está com minha advogada para provar que não houve omissão de socorro. Felizmente o nosso BO foi feito antes do delas e tínhamos o nome do policial que atendeu a ocorrência, bem como sabíamos a hora exata que o chamado do resgate foi cancelado. Mesmo assim, a dor de cabeça e trabalheira estão sendo grandes
.Então meus amigos, todas às vezes que os senhores se envolverem em acidente de trânsito, cujo terceiro seja um motoqueiro, façam o BO (boletim de ocorrência) independentemente de serem culpados ou não.
Têm ocorrido fatos em que o motoqueiro é o culpado e tenta fazer um acordo no local, diz que está bem e não quer socorro médico.
Só que, depois, ele vai a um distrito policial, registra o BO e alega que o veículo fugiu do local sem prestar socorro, cobrando na justiça, dias parados, conserto da moto e etc ...
Na maioria dos casos, as testemunhas do motoqueiro são outros motoqueiros.
Isto é um fato, pois está ocorrendo com muita freqüência. Portanto, não caia na conversa do motoqueiro, que diz não ter acontecido nada.
Em um dos casos recentes a pessoa envolvida foi até a delegacia registrar BO, e, eis que, quando chega à delegacia, lá estavam os tais amigos do motoqueiro tentando registrar BO de ausência de socorro. QUEM NÃO FOR MOTORISTA, REPASSE AOS AMIGOS SEM PENA E OLHO VIVO!!
Fui...mas eu volto!!
Contribuição da amiga jornalista Ana Paula

sexta-feira, 4 de junho de 2010

QUALIDADE MUSICAL

NOSSOS OUVIDOS À MERCÊ DA VULGARIDADE!!

Eis que estou de volta com mais um tema polêmico, pois como todo mundo sabe, gosto não se discute (as vezes lamenta-se), mas você há de convir comigo que certas “músicas” são verdadeiras agressões aos nossos ouvidos, verdadeiras pérolas da baixaria e o que é pior...fazem sucesso, e como fazem! Mais por que será? Alguns poderão dizer que é melhor escutar certas porcarias do que ser surdo e é verdade, mas vamos parar pra pensar um pouco e usar o nosso bom senso para analisar algumas questões:Hoje em dia qualquer COISA pode ser gravada e chamada de música, mesmo sem nenhuma qualidade musical e sem passar por nenhum critério avaliativo da letra. O importante mesmo é ter uma letra fácil e que faça sucesso. E nesse universo podemos citar inúmeros exemplos de músicas nos mais variados gêneros passando do hip hop, pagode, forró, axé/swing e o funk que esse aí nem se fala, é só lembrar-se de um tal grupo chamado Gaiola das Popozudas que já da para entender a situação. Alguém aí se lembra de uma “música” chamada Festa no Apê de um tal LATINDO, quer dizer Latino, que não passava de uma tentativa de versão aportuguesada de uma música francesa que o sujeito metido a cantor citado acima, pegou a melodia e ritmo e colocou a sua “versão brasileira” e nessa “arte” entrou até palavras como bundalelê e orgia, que as crianças inocentemente cantavam em alto e bom som sem ao menos saber o que significava.
Outros que estão com músicas cada vez mais apelativas são certas bandas de forró, cuja a imoralidade as vezes já começa no nome da banda, por exemplo: Garota safada, Bagaceiros do Forró, Cavalo de Pau(duro), Desejo de Menina, Gatinha Manhosa entre outras. Bandas que no seu vasto repertório, encontram-se músicas onde as palavras corno, quenga, traição e etc.., não podem faltar, sem falar nas expressões de duplo sentido sempre presentes. E já que estamos falando de forró, que tal citar o grupo Calcinha Preta que ganhou no Faustão um prêmio de melhor música do ano com o hit Você não vale nada mais eu gosto de você que só pelo título já dá pra perceber o nível né?

As dançarinas do grupo aviões do forró, assim até eu vou pro show!!
E agora, a sensação do momento é...é...é... o REBOLATION, o REBOLATION, o REBOLATION e só você repetir mais umas 15 vezes essa palavra que está completa toda a letra da música, ou quase sei lá. Parece brincadeira mais é isso mesmo, uma música totalmente sem nexo e sem letra cuja única característica é uma melodia dançante com coreografia sensual e que graças a isso e somente a isso faz um sucesso danado. Coisa que se repete em outros ritmos como o forró, o axé e até o pagode agora entrou na moda de se apresentarem sempre com dançarinas seminuas fazendo danças acrobáticas que deixa a macharada de queixo caído e que na maioria das vezes só está presente nos shows para isso e não estão nem ligando pra “música”.
E olha que eu nem comentei sobre as músicas internacionais que quase todo mundo às vezes escuta sem saber o que diz a letra, mas é claro que isso não importa, o que importa como eu já falei é o ritmo e a melodia, mesmo que a letra vá denegrir a imagem da mulher ou faça apologia à drogas, sexo, preconceito racial e até ao satanismo como acontece em muitas bandas de rock, aliás, por falar nisso, eu nunca entendi qual é a graça de ir a um show de rock superlotado, ouvir aquele barulho indecifrável que chamam de música e ficar pulando e balançando a cabeça feito um leso e fazendo um “chifre” com os dedos das mãos, acho que nem quem vai sabe ao certo porquê faz e só faz porque viu o outro fazendo! eitá, isso que é personalidade...Em minha opinião quem são mais afetados por essa “cultura” são os adolescentes e os jovens que fazem de pessoas como: Lady Gaga, Justin Bieber, Amy Winehouse, 50 cents e muitos outros “cantores” ,nacionais e internacionais, seus novos "deuses" e que estão prontos para engolir (ainda mais com a ajuda da internet), sem questionar, qualquer coisa que venha deles e de suas bandas. Claro que não estou aqui para mudar a preferência musical de ninguém, só estou levantando alguns questionamentos que acho que vale a pena a gente refletir um pouco, pois, se você pode escolher o que comer, pode escolher o que vestir, pode até escolher o que deseja ou não assistir, por que não escolher também o que seria mais adequado pra se ouvir? Afinal, seu ouvido não é pinico... ou é?
Pense nisso.
Fui...mas eu volto!!