domingo, 10 de abril de 2011

Censura na charge não!

Olá amigos, cá estou trazendo pra vocês mais uma matéria da série “Amigos do Pena”. Dessa vez quem vai colaborar com meu humilde blog é minha amiga Bruna Souza, que assim como eu, também é estudante de Jornalismo, e com certeza vem colaborar conosco trazendo um assunto interessante e tão atual que muitos ainda não tem nem conhecimento. Vejamos então:
Essa é a Bruna...

Muito se fala em reforma política, feita em um ambiente de liberdade e ampla participação popular, mas o nosso país é um dos primeiros no ranking da corrupção e censura. Os brasileiros conscientes demonstram sua insatisfação com a política, mostrando através de protestos o que vêem e o que sentem, seja pelo voto nulo, voto em branco, voto de protesto (como no humorista Tiririca) e através das expressões artísticas (como nas charges), que não é um simples desenho e sim uma crítica político-social onde o artista expressa sua opinião sobre determinado assunto através do humor e da sátira.

A última noticia que me intrigou, foi à matéria do site d24am (confira em: http://www.d24am.com/noticias/politica/minas-suspende-exames-de-estudantes-apos-charge-polemica-de-lula/21170, sobre a suspensão de provas de alunos do ensino médio. Segundo reportagem, a Secretaria de estado da educação de Minas Gerais (SEE) excluiu o conteúdo de uma questão de seu banco de dados, que continha uma charge com o Lula dando dinheiro a políticos. A Secretaria após a polêmica viu como “totalmente inadequada”, pois, age com preconceito ao ex-presidente.

...e essa é a charge polêmica


O Brasil vive uma falsa autonomia, não é a toa que em diversos períodos tivemos momentos de censura e quando isso acontece, um dos primeiros alvos é a charge, que como desenho crítico é temido pelos poderosos. A questão elaborada pelo professor Frederico Alves Pinho, de 31 anos, da rede pública estadual, dá a entender satiricamente que existe uma relação entre os movimentos sindicais do início da década de 1980 e o mensalão, refletindo sobre o processo histórico que levou os mesmos personagens de uma luta pela valorização do trabalhador à corrupção política. Segundo Carlos Apolinário “A atitude de inércia e apatia dos homens que têm responsabilidade pública os condenará ao castigo da história”, assim algumas pessoas sem ter sido comprovado sua participação ou omissão, ficam marcados historicamente por fazer parte de determinado grupo político.

A liberdade de expressão deve ser um ato corriqueiro no dia-a-dia deste povo que é famoso por sua luta, onde estão às músicas que, como o grande Renato Russo expressou sua insatisfação na letra Que País é esse? E as charges e artigos que opinem sobre a vergonha que muitos políticos eleitos por nós, tratam assuntos tão importantes a nossa sociedade. Onde esta a voz deste povo que grita em coro “Não a Censura”, pois o nosso futuro está nos jovens estudantes que hoje são proibidos de conhecer um fato da historia política do Brasil.


Acho que minha amiga falou tudo né? Depois de tudo que o Brasil já passou por causa de censura, seria uma loucura querer impor limites à liberdade de expressão, de qualquer forma que seja. Valeu Bruna por sua contribuição. Grande abraço pessoal e até a próxima, afinal... o Pena (e os amigos dele) não tem pena!

6 comentários:

  1. Censura não, seja de qualquer forma! Bom texto Bruna, valeu amigo Peninha que postou um monte de coisas hoje hein?????

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  2. Ta bem doidão postando...rsrs.Texto sério,e informativo da Bruna.Bacana,e parabéns!
    Penna,obrigada por passar no Blog,sempre no seu rastro,so que mais devagar,devido a tua impossibilidade de postar seguido,e tbm to na correria com alguns problemas de ordem pessoal.Gostei da tua sinceridade no Ping Pong do Andre,se bem que vc cutucou fundo a galera né?rsrs.
    Mas é a tua opinião e eu respeito.Quanto a minha entrevista...naaaa!Td mundo ja sabe tudo sobre mim,é so me ler e estou desvendada!rsrs
    Boa semana,amigo, Centopéia sempre no seu rastro,mesmo que a casa caia!
    Bjk pra vc e tua familia linda!

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  3. Agradeço os comentários,principalmente por este ser o primeiro texto que escrevo e é publicado, agradeço tbm ao amigo Pena por abrir um espaço em seu blog. bjs Bruna Souza

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  4. Texto excelente Bruninha, só podia ser minha xara e colega de classe, parabéns! abraços a vc Pena.

    bjs
    Bruno Fonseca.

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  5. Acho que não devia existir nenhuma censura para charges, uma vez que elas abordam assuntos reais do cotidiano...

    Beijinhos

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    www.jehjeh.com

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  6. Prezad@s, com todo respeito, há muita desinformação neste artigo de opinião. Não é uma suposta "censura" o que está em jogo no referido caso. A charge não foi censurada quando foi publicada no jornal Folha de S. Paulo, nem agora, quando o governo de MG resolveu excluí-la do banco de questões das provas do Estado. O que está em jogo é o fato do governo estadual de MG, controlado por um partido rival ao partido do governo federal, colocar numa prova de História (portanto, como se fosse verdade) uma relação historicamente improvável entre os movimentos sindicais e o mensalão. Não se esqueçam de que, concretamente, não há nada que ligue o ex-Presidente Lula à corrupção. Esta ilação foi feita por jornalistas sem escrúpulos, pois baseada apenas no desejo deles, e não em fatos e documentos concretos. Uma coisa é o chargista duvidar, ironizar, satirizar "artisticamente" a situação com toda a liberdade de expressão que o governo federal sempre lhe garantiu, outra coisa, bem diferente, é uma prova de História (principalmente quando elaborada por um governo oposicionista) utilizá-la como documento de verdade, sem problematizar seu conteúdo. Uma discussão mais produtiva sobre a censura em nossos dias (e, principalmente, em meu estado, MG) poderia ser feita a partir das ações do Governo de Minas Gerais na gestão Aécio Neves. Vejam no Youtube os documentários "Gagged in Brazil - Censura na Imprensa" e "Liberdade, essa palavra", sobre as demissões de jornalistas e o controle das redações dos jornais de MG feitas por Aécio Neves e Andrea Neves, sua irmã. Acho que os fatos ocorridos em Minas interessam, como alerta, diretamente a vocês, estudantes de jornalismo.
    Só mais uma coisa: será que a eleição de Tiririca foi devido ao "voto de protesto"? Isso parece desculpa de paulista envergonhado...

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